EU POESIA
A poesia flui
D'alma, vou parindo sentimento
Fel e
dores vou amortecendo
Do sonho, sou eu, a ilusão
No peito, só meu
coração
Da palavra, rascunhos meus
Eu sou poesia!
Poesia analfabeta,
poesia lírica
Poesia com e sem rima
Poesia sonhada, poesia
corrida
Poesia d'alma sofrida
Poesia d'amores perdidos
Poesia da
lagrima sentida
Poesia da amizade celebrada
Eu sou a poesia!
Poesia sem
muso!
Eu sou a poesia
Do dia triste, do olhar perdido
Do amor sentido,
do lamento ardido
Eu sou a poesia
Da chuva, sou a tempestade
Do sol,
sou o verão
Do inverno, o gelo
Da primavera, flores secas
Eu sou poesia
sem estação!
Eu sou poesia!
Rimando solidão com paixão
Recordação com
escuridão
Vezes sem rima, métrica
Como o ébrio, sigo sem rumo
Sou
poesia em estado de ebulição
Eu sou poesia!
Escrevendo em estado de
graça
Sou eu a poeira da estrada
Da vida, restam as traças
Com a vida
vezes na contramão
Do amor restou a pura desilusão
Hoje, sou a triste
poesia
Um aborto da terra
Um nó na garganta
Expressando o que vai
n'alma
Não uso o idioma dos homens
Pois, eu, sou a poesia
Eu sou
poesia!
Falo a língua do sentimento
Dias felizes, rimas
inteiras
Tristes dias, amargas rimas
D'uma vida sem porteira
Entre
sorrisos e lagrimas
Se poeta sou, eu não sei!
Eu sou só poesia!
Sou
mulher o todo tempo
fera, felina, deusa e bruxa...
Eu, sou tão somente
poesia
(poetando numa poesia de Lizete Abrahão, minha irmã
escritora e poetisa gaucha)
Marillena Salete Ribeiro
2002
Videira - Santa
Catarina
Este texto encontra-se protegido pela Lei Brasileira nº
9.610,de 1998, por leis e tratados internacionais. Direitos autorais
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