20130325


SAPOS E PRÍNCIPES


Quantos sapos hei de beijar?!
Quantas bocas hei de tocar?!
Quantos lamentos, tristezas!

Das bocas beijadas, tantos sapos 
Desilusões, tristezas, infelicidade
Por onde andará meu príncipe?!
Contos de fadas, sonhos tristes!

Quisera do sonho despertar, viver
Ser despertada, beijada suavemente
Sem mais o abraço do silêncio, solidão
Sair voando pelo mundo sem rumo, ilusão!

Quantos sapos hei de beijar?!
Quantas amarguras hei de amargar?!
Há sapos que chegam só para brincar
Há sapos que chegam só para curtir
Há sapos que se apaixonam, não eu

Por onde anda meu príncipe?!
Aquele do meu sonho encantado!
Romântico, meigo, verdadeiro, fiel
Onde ele andará neste instante?!

Onde se esconde meu príncipe?
Ainda habita em mim a menina
Que sonha, que sonha, que sonha

Diga-me por favor!
Onde está meu príncipe?!
Aquele da minha realidade
Das minhas verdades

Cansada estou, cansada, cansada
De tantos sapos beijar e sozinha ficar

Sabes onde está adormecido meu principe?
Ajude-me por favor, aponte-me a direção!
Não quero mais sapos beijar
Vou sossegar meu ser e esperar
Não sei onde e nem como
Mas, meu princípe está por chegar
E sapos nunca mais hei de beijar
 


Marillena Salete Ribeiro
Videira-SC

Este texto encontra-se protegidos pela Lei Brasileira nº 9.610,
 de 1998, por leis e tratados internacionais


QUEM SE CANDIDATA?


Marillena Salete Ribeiro
 
Preciso um amor! 
Não precisa ser novo
Pode até ser usado
Ou mesmo laceado
 Moderno ou moda antiga 
Sério ou moleque
Mas, que seja sensível e especial 
 Não pode ser leviano e nem infiel 
Inconseqüente e nem imaturo 
Basta ser idealista e sonhador 
        
Preciso um amor 
Com seriedade e brincadeiras 
Que venha e eu encontre
Na boca, sorrisos 
Nos olhos, ternura
Nas mãos, segurança
No coração, carinho 
Na alma, venturas 
Na vida, meu ninho 
No ser, uma paz imensa 

Preciso um amor 
Que seja racional 
Também emocional
Que mantenha o juízo
E cultive a paixão 
     
Preciso um amor 
Que seja sério e encantador 
Que encante com gestos 
E exale cheiro de flores 
Que seu gosto seja doce 
E mantenha-se sincero 
Seja um pouco impulsivo 
E muito compreensivo 
      
Preciso um amor 
Pode vir de qualquer jeito
Alugado, emprestado 
Doado, livre ou proibido
      
Como virá, pouco importa 
Eu quero e preciso d'um amor
Meu coração está livre
Quem se candidata?!
 


Marillena S. Ribeiro
 
Este texto encontra-se protegido pela Lei Brasileira nº 9.610,de 1998, por leis e tratados internacionais. Direitos autorais.

20130324



Quando eu ficar velha

Marillena Salete Ribeiro

Quando eu ficar velha...
Como é mesmo que se fica velha?
Quando os cabelos ficam nevados?
A pele enrugada e ressecada?
O andar não é mais acelerado?
Não menstruar todo mês?
Todos os sinais do tempo 
ficarem vísiveis a olho nu?

Quando eu ficar velha, quando?
Velho é algo que não presta mais
Joga-se fora e substitui pelo novo
Velho é algo antigo, fora de moda
Gasto e sem uso, desgastado
Velho é assim, não presta mais
Por tudo isso, velha eu? 
Jamais! Jamais!
Não nasci prá ficar velha
Velha eu? 
Jamais! Jamais!

Quando eu me tornar uma envelhecente
Envelhecente? 
Quando? 
Como?
Serei sim, novamente adolescente
Daquele tempo despreocupado e contente
Sem medos, receios, sem temor algum
Dançarei, cantarei, chapéu usarei,
um gorro de lã, sapatos confortáveis
Ditarei a minha moda, o meu estatuto
Farei o que faça-me feliz e livre

Quando eu ficar velha?
Velha jamais, para sempre uma dama
Como aquelas, das fotos antigas...elegante
Voarei em sonhos, o resto da vida flutuarei
Leve como um colíbri, suave como a brisa
E a vida com aromas perfumados tocarei

Quando eu ficar, não direi velha
Quando eu me tornar novamente menina
Vou namorar, beijar na boca, amar e amar
Sabendo que, velha é coisa velha, não eu!

Quando eu...
Ah! Sei que serei apenas uma menina
com mais idade que as demais
Mas, para sempre, uma eterna menina!
Velha? 
Eu? 
Jamais! Jamais!



Este texto encontra-se protegido pela Lei Brasileira nº. 9.610,de 1998, por leis e tratados internacionais. Direitos autorais


MATURIDADE

 
Marillena Salete Ribeiro
 
Sou aquela eterna pimentinha
Sou apenas uma sementinha
Sou a pergunta sem resposta
Sou o pingo tímido do i
Sou a parte da vida que respira
Sou avesso do brim, ou cetim
Sou a magia da poesia sem rima
Sou coração, sou alma em oração
Sou a emoção e pura devoção
Sou o riso macio, sou séria, sou eu
Sou o grito rasgando o silêncio
Sou sonhadora, com minhas memórias
Sou conhecida e sou também anônima
Sou o laço rosa nos cabelos dourados
Sou compreensão, sou sentimento
Sou criança e sou também anciã
Sou a acidez e também a ternura
Sou produto de um mercado frio
E aquecida só com amor e afeto
Sou letrada e analfabeta
Sou solidão e sou a multidão
Sou canção de ninar, ou metaleira
Sou a moça sonhadora da janela
Sou a lua apaixonada pelo sol
Sou a batida d'um coração 
Sou a nota musical desafinada
Sou o repouso d'um homem
Sou a mãe coruja
Sou avó apaixonada
Sou jardim depois do inverno
Sou o trajeto da incerteza
Sou o tal sexo frágil, mulher
Sou tudo o que ditar a voz
Sou mulher safra cinquentona
Sou a maturidade vestida de menina
...bem no fundo sou uma felina

 
Videira- Santa Catarina
 
Este texto encontra-se protegido pela Lei Brasileira nº 9.610,de 1998, por leis e tratados internacionais. Direitos autorais


MEUS 54 ANOS

Marillena Salete Ribeiro
25/03/2013

Hoje, 25 de março de 2013
 Meu aniversario,
Cinquenta e quatro anos...
Já passei de meio século
Nesse tempo todo
 Encantei e fui encantada,
Chorei e fiz chorar
Lamentei e amarguei
Fui feliz e infeliz
Fui amada e amei
Fui fiel e fui traída
Fui ferida e feri
Senti ódio e amor
Fui virgem e donzela
Mulher de um homem só
Rasguei a vida e remendei
Enterrei sonhos, novos sonhei

Casei e divorciei
Um filho pari
Árvores plantei
Seus frutos colhi
Flores semeie
 Vasos enfeitei
Poesias escrevi
Um livro escreverei
Só não posso morrer agora
O amor dediquei
Nada em troca recebi

Cinquenta e quatro anos!
No espelho me olhei
A menina procurei
A mulher encontrei
Mutações observei
Vi mutilações
A rigidez da pele se foi
As rugas encontrei

Engoli desilusões
Raiva vomitei
A solidão abracei
Sinais na face vi
Medo senti
Saudade curti
Ganhei e perdi

Hoje, cinquenta e quatro anos
Dei um banho n'alma
Esfreguei ferozmente
Retirando encardidas tristezas
De esperança perfumei
O corpo nu, não é mais o mesmo
Tampouco os sonhos sonhados
Já fui tânagra outrora
Sonhadora por ora
D'alma lavada, seguirei
Eu sou livre, livre!

Sou sim, uma mulher
De cinco décadas
Para novos desejos
Um novo amor viver

Que a maturidade seja:
 Maior arma para ser feliz
Transmitir conhecimentos
Humildade para aprender
Buscar alegrias e vida
Além da técnica e da teoria

Como diz Milton Nascimento
 “Tem gente que chega pra ficar;
tem gente que vai para nunca mais
tem gente que vai e quer ficar
A plataforma desta estação
é a vida desse meu lugar (...)"

Ah! Cinquenta e quatro anos
Sou e estou livre
Sou gente que quer ficar
Sou gente que quer sorrir e ser feliz!

Ano e anos vividos
Sim,  foram vividos
e muito há de se viver e sonhar
Muitos rincões explorarei
Muita coisa recordarei
Maldade sofrida, no lixo jogarei

Só não posso agora morrer
Sem um grande amor viver
Um livro escrever e
Sem muito mais construir
Quero as curvas da estrada
Não mais cansada viver
E nunca mais, nunca mais
tão somente em linha reta seguir!


Marillena S. Ribeiro
25 de março de 2013

Este texto encontra-se protegidos pela Lei Brasileira nº 9.610, de 1998,  por leis e tratados internacionais.



Meu grito

Marillena Salete Ribeiro

Vou deixar claro...
Sou aquela mulher que acham
forte, rocha, tronco e ferro
Com esta aparência forte todos pensam
que posso ser espancada e ferida
Que agüento tudo sem me ferir

Meu grito hoje é ardido e sofrido
Estou aqui para gritar ou berrar
Sou frágil, sou gente, sou de carne e osso
Por todos faço tudo, ate o que não posso
Me respeitem, por favor!
Tratem-me como gente, mereço!
Tenho o direito de errar e acertar
Cair, tombar e levantar
Cansei de ser escora, âncora
Enxerguem minhas lágrimas
Sou aquela que seca lágrimas de todos
e quando meu pranto cai...estou só
Pois, sou forte, rocha, tronco e ferro

Sou humana sim, cansei, cansei!
Me deixem na escuridão por ora
Antes que a dor bata mais forte
E ascos da vida na minha cara arrote
Agora, preciso minha vida rever
Quero comigo sozinha ficar
Quero sentir a mágoa, chorar, 
lamentar, uivar, berrar e gritar
Quero odiar, xingar e espernear
Quero ser negligente, fraca
covarde, vadia e preguiçosa
Esta cruz não aguento mais carregar

Se alguém conseguir me olhar
Verá como sou, enxergar-me-á
Saiba, estou gritando que
não sou, nunca fui e jamais seres
Forte, rocha, tronco e ferro
Esqueça que um dia me viu assim
Preciso ser fênix agora
Das cinzas renascer e recomeçar
do jeito que só eu posso ser

Cansada de ouvir:
"Você é a mais forte, corajosa "
Nem posso meus dentes ranger
Nada e ninguém para me proteger
Ninguém se importa com minhas dores
Vago sozinha na vida pelos corredores
Vou arrancar a unha e dente
esta minha face dura e forte
Meus retratos todos queimarei
Na minha sombra pisotearei

Aqui é o meu inferno
Agora, quero o paraíso perdido
Abrirei minhas asas e voarei
Não me pergunte o trajeto, não sei
Sei apenas que, sempre me encolhi
Essa fortaleza que sou, cansei

Quero o toque macio da vida e do destino
Não me anularei para não magoar
Enquanto pisam nos meus sentimentos
Tudo que aprendi foi: 
Não guarde mágoa, perdoe sempre, 
Seja sempre boa e compreenda
E enquanto boa, compreensiva
caí e na mágoa dos outros me atolei,
No abuso de muitos tropecei
Fui ferida, ofendida e traída

Rasgo a vida ao meio e grito
Deixem-me em paz, por favor!
Me deixem do meu jeito viver
Quero escolher minha estrada
Estou sufocada e profundamente triste,
sempre fui eu, a que sempre socorre,
 a escora e nunca estão satisfeitos, felizes
tudo porque  querem que seja sempre
Forte, rocha, tronco e ferro

Antes deste dia acabar
Vou mudar o rumo da prosa comigo
Vou me doar para quem me respeitar
 como gente, humana e imperfeita
E quem não me entender
que pegue sua mochila e vá se...

Mil vezes morri e sozinha ressuscitei
Chorei e sozinha o fel da vida engoli
assim, expelindo todo fel engolido
Preciso como gente normal viver
E nem de mim quero me esconder
Temo que para ser normal
precise ser falsa, hipócrita e cretina
Se assim for estou fora, sozinha ficarei

Os meus sonhos sabem, sentem 
onde termina minha estrada
Vou afrouxar o cinto da vida
sabendo que não sou, não serei mais
Forte, rocha, tronco e ferro

Antes que eu perca meu sentido
Estou mudando para sempre
Aqui jaz uma boazinha idiota
E há de renascer uma nova mulher
serena, tranquila, normal
Porém... 
Forte, rocha, tronco e ferro
Para todos baterem e abusarem
Nunca mais! Nunca mais!

Videira-Santa Catarina

Este texto encontra-se protegido pela Lei Brasileira nº 9.610,de 1998, por 
leis e tratados internacionais. Direitos autorais 

... é meu aniversário!


Olá queridas amigas, amigos, sejam voces dos grupos de diabete, artesantos, poemas e poesias, amigas de infância, amigas de anos, amigas e amigos recentes, pessoas que amo perdidamente como meu filho, meus netos e você!

No dia 25 de março de 1959, meus pais ganharam de presente um choro de menininha, nasci ás 18 horas, pesando quase quatro quilos e com uma saúde de dar inveja.
Meu coração se enche d'uma grande alegria! Estou em mais um aniversario. 
Nossa! 
São 54 anos d'uma vida vivida com toda a intensidade. Viver pra mim não é tarefa de fracos. Porque a vida quando me bateu foi pra me nocautear mesmo.
O que sempre me fez levantar, sacudir a poeira e recomeçar foi a amizade, a fraternidade, a alegria, a solidariedade, a irmandade, de pessoas sem grau de parentesco nenhum, que estenderam as suas mãos em minha direção. 
Lembro d'um tempo de raios, trovões e temporais, onde, abri minha geladeira, só tinha água gelada e um pão de forma, qual, eu tinha de comer uma só fatia a noite pra não dormir com fome. Sem internet, com um celular pai de santo (só recebendo)... Toca, fui atender, era minha amiga-paulista Faffi. Ela já me conhecia pela voz. Após muita insistência dela, falei da minha queda e que estava difícil pra me reerguer. Disse a ela que venderia minha máquina de lavar roupa para comer. Incrível, ela depositou um dinheiro na conta do meu cunhado, e deixou como recado: 
- Mari, comprei tua maquina de lavar roupa, mas como a minha é "nova" estou te dando de presente.
Toda vez que falo em devolver o dinheiro ela briga comigo. Toda vez que conto isso me emociono como agora e choro.
Zébeto é um amigo irmão, ele é tão meu irmão de socorro e ajuda, que nem meu irmão de sangue é capaz de me ligar pra perguntar se estou bem... E ambos moram em São Paulo. Meu irmão foge de mim com medo talvez que peça alguns trocados a ele. Zebeto se antecipa com medo que algo ocorra de errado comigo. Zébeto é um irmão-amor que a vida me deu de presente, o outro é biológico, somente. Lamento meu irmão, mas é assim, eu amo, voce não.
Isso foi uma das tantas coisas que recebi como ajuda. 
Foi então que mais uma vez me recuperei, abri uma lancheria, e só não deu certo porque eu tive a infelicidade de ter um companheiro com distúrbios de caráter, o sujeito mais podre que já cruzou minha vida (meu casamento com Nelso durou 20 anos, esse sem caráter foi um relacionamento de 7 anos, o tal JDarci)...onde, além de todo sofrimento apanhei com chutes e pontapés... Minha mãe tinha razão, quando dizia inconformada "separa desse homem, não sei em que lata do lixo você tirou, mas pode sim mandar ele pro lixo novamente"
Nesses meus 54 anos, acertei, errei, fiz bobagens, fiz acerto, fiz pessoas chorarem, me fizeram chorar... acho que é assim viver.
Quero que meu aniversário seja um dia solene para o meu coração. Pois, por muito pouco eu não completo esses 54 anos. Pouco menos de 40 dias quase morri litaralmente... e me descobri diabética. Agora já estou mais conformada com meu novo desafio, como disse, comigo não tem sutileza, eu não vim para esse mundo cultivar flores, eu vim para quebrar pedra mesmo.
A felicidade pode estar apenas num olhar perdido ao observar o voo d'um pássaro, que livre e leve ganha o céu aberto. Mas ser feliz mesmo, sou quando sei que meus amigos e as pessoas que me cercam estão bem.
Quando tudo parece ter naufragado em minha vida, quando sou só lagrimas, chega de forma inesperada uma palavra de consolo, uma ajuda, e é do amor que vem, que me mantém em pé, esse carinho que me sustenta com os pés no chão.
Quando estou doente e triste, chegam suaves as orações, alimentando a coragem que me faltava para lutar e acreditar que amanhã estarei melhor e bem. Tal qual a flor coberta de orvalho no amanhecer, vem de todos os amigos que ao longo desses anos todos estão presentes.
Quando minha vida fica áspera demais, cada um flui espontaneamente com um:
- Eu te amo amiga, força, coragem, vamos, ergue essa cabeça e em frente,  porque atrás está vindo um povo muito apressado pedindo passagem...
Quando meu mundo escurece diante dos problemas, a janela que se abre para aliviar meus medos, as angústias e um lugar suave para descansar nossa mente e sorrir, vem dos amigos que cultivei ao longo de pouco mais de meio século. Quando sorrio derrete-se tudo que estava sentindo de ruim.
Lamento somente saber que tenho parentes com laços muito próximo de sangue, que por temerem que peça dinheiro preferiram me afastar, mas uma coisa é certa, eu sou mais feliz, porque tenho capacidade de mudar o rumo da minha história num piscar de olhos, e eles não! São infelizes pela ganância, pela intolerância... que pena que ainda me fazem sentir saudades.
Tenho amigas e amigos de todas as religiões católicos, evangélicos, budistas, mussulmanos, espiritas, ateus e outros que ocupam o mesmo espaço no meu coração porque todos creêm nos mesmo Deus! Os que não creêm no mesmo Deus, acreditam pelo menos na força de nossa amizade.
Tive todos os motivos do mundo pra xingar, esbravejar, gritar contra tudo que ja passei. Tive todos as razões pra não crer em mais nada... mas como viver sem minha crenças e minha fé?
Vander Lee, em sua música " Meu jardim", canta exatemente o que estou fazendo agora... "Estou podando meu jardim, estou cuidando bem de mim" - cliquem  ouça enquanto está comigo aqui, lendo meus devaneios de aniversário...
Já tive tempo pra sentimentos ruins como mágoa, raiva, e ate odiei. Mas jamais tive inveja, cobiça.
Hoje, não me presto a esses sentimentos que não tenham afinidade com amor e fraternidade 
Não importar com o próximo, nós somos o próximo, e pensando assim é que amo meus amigos porque não são os irmãos  que me foi imposto, mas sim pela minha escolha. Eu escolhi ser a melhor amiga da minha irmã biologica, e ela a mim, principlamente quando ficamos olhando nos olhos da morte, e sem ter certeza de nada contar com a esperança de mais um dia, como foi meu  caso.
Os meus amigos virtuais? Virtual? Nao! Eu não sou virtual, eu sou real e você também, apenas o meio que nos une é que dizem ser virtual. 
Os momentos mais doces de minha vida são quando realmente descobrimos quem são amigos de verdade. Quando pensei ter sido o fim, recebi centenas de recadinhos. Acreditei em cada recadinho, neles me fortaleci e encontrei coragem para recomeçar, mesmo sabendo que naquele instante, tinha descido todos os degraus da vida e o chão foi meu limite. 
Minhas amigas e amigos me fizeram acreditar que as lágrimas, mesmo salgadas, poderiam regar as flores que ainda existiam em meu coração e elas perfumariam minh'alma. 
Não sou do tipo que minha fé se fortace diante da dor e do meu. A minha fé se fortalece sempre, seja na alegria ou na tristeza porque Deus fica vistoso e brilha em meu ser todo. Pude acreditar que com fé não derrubo montanhas, mas posso escalar sem medo de cair, a mão de Deus me segurará sempre. Posso encontrar a felicidade em cada estrela que brilha, se eu perder um minuto, para observar seu brilho suspenso no universo. Posso ser feliz plantando uma flor no meu jardim, posso ser feliz com uma vida bem modesta e simples como agora. 
Em cada amigo há o conforto e sabedoria que nos ensina mudar. Somos mutáveis, basta ter a humildade para aprender e entender os recados. 
Aprendi acreditar na vida, acordar cada manhã sorrindo e dizendo que sou  poderosa.com.br, o Br deve-se porque sou brasileira com muito orgulho. Mas jamais esqueço que sou cidadã do mundo, e aprendi que ninguém é melhor ou inferior a ninguem, sou sim brasileira, mas sou cidadã do mundo.
Somos nós palavras, pensamentos e atitudes vivendo cada um a seu modo.
Dia 25/3 é o meu dia de comemorar mais um ano de vida.
Não "precisava" terem embrulhados os presente com tanto esmero rsrsrsrsrsrs, mas é tão bom ganhar presente.
Muitas foram as noites em que meu mundo ficau muito estreito 
Ah! Sou tão imperfeita, ainda não domino muitas coisas na vida, não aprendi com zelo a palavra perdão, esquecer mágoa entre outros defeitos que são tão meus, então, por favor, me permitam ficar por mais tempo em seus corações e melhorar meus defeitos. Por favor não me deixe partir de sua vida, preciso do amor de você, pois, um dia quando me for para sempre, tudo que levarei é o amor que a mim foi dedicado e que dedico a cada um, da maneira mais suave que o amor pode ser. Quando eu pisar no infinito, deixarei com você minhas palavras escritas em meus poemas, poesias sem rimas e métricas,  e em minhas andanças (meu diário) que é de todos o meu momento e o grande amor que sinto por cada amiga, cada amigo que ao longo dos anos fui somando.
Que Deus nos permita mais esse ano com saúde, com alegria, com prosperidade.
Todos estão vestidos pra festa? Vai começar o baile, afinal, meus 54 anos merece uma festa e so posso ter essa festa com voces, meu amigos e amigas supostamente virtuais.

Obrigada por mais um aniversários juntos
Beijos ternos, fraternos e emocionado

https://www.youtube.com/watch?v=VVYVFBCYE-Q

Meu Jardim

Vander Lee

Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores                               
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores                                
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores        
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho                                  
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho        
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho                              
Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim

Marillena Salete Ribeiro
25/3/2013