20130505




FOTOGRAFIA

A imagem diz tudo
Meu lamento é agudo
Minh'alma está de luto

A música fala de saudade
O momento é brutalidade
Num sentir abandonado
O pensamento perdido
É o adeus definitivo


O momento, não há lenitivo
O dia é frio, nada aquece
Minh'alma teima em abrutecer 

Roberto Carlos canta meu abandono
Como se o lamento fosse meu
""" Se voltar não me censure
eu não pude suportar
nada entendo de abandono
só de amor e de esperar"""

Estática aqui estou
Sem saber onde vou
Birrenta é a lágrima
Escorre, é uma lastima
Percorre queimando a face
Nada em mim te esquece

Daquele amor fui objeto
Escrever para quem?
Se meu amor partiu
Por onde anda não sei
O céu é sem limites,
Sem fronteiras, sem notícias

Um amor que valeu
Gritar a dor d'uma saudade
Tamanha é a crueldade

Versos ao léu componho
Agora, da vida apanho
O dia que passa é tão lento
Sou eu, sem argumento
Sobrevivente d'um atropelamento
E nada se torna apertinente

Hoje, nossas coisas vasculhando
Cada coisa fui examinando
Nossas fotografias encontrei
Por instantes evaporei

 Meu amor ali exposto
Para este amor, versos compus

Agora resta mera
Num sentimento com pus

Da morte não  resta nada
Sei apenas que te amei

A fotografia do momento
É agora o cegamento
Choro um pranto dolorido
Na companhia da solidão
E convivo com esta aflição
Agora, tudo é passado
Lágrimas, estou chorando
e Roberto Carlos...no velho CD
Ainda canta o meu abandono!

 Marillena S. Ribeiro
Videira-Santa Catarina

Este texto encontra-se protegidos pela Lei Brasileira nº 9.610, de 1998, por leis e tratados internacionais.


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