FOTOGRAFIA
A imagem diz tudo
Meu lamento é agudo
Minh'alma
está de luto
A música fala de saudade
O momento é brutalidade
Num
sentir abandonado
O pensamento perdido
É o adeus definitivo
O momento, não há lenitivo
O dia é frio, nada aquece
Minh'alma
teima em abrutecer
Roberto Carlos canta meu abandono
Como se o
lamento fosse meu
""" Se voltar não me censure
eu não pude
suportar
nada entendo de abandono
só de amor e de
esperar"""
Estática aqui estou
Sem saber onde vou
Birrenta é a
lágrima
Escorre, é uma lastima
Percorre queimando a face
Nada em mim te
esquece
Daquele amor fui objeto
Escrever para quem?
Se meu amor
partiu
Por onde anda não sei
O céu é sem limites,
Sem fronteiras, sem notícias
Um amor que valeu
Gritar a dor d'uma saudade
Tamanha é a
crueldade
Versos ao léu componho
Agora, da vida apanho
O dia que
passa é tão lento
Sou eu, sem argumento
Sobrevivente d'um
atropelamento
E nada se torna apertinente
Hoje, nossas coisas
vasculhando
Cada coisa fui examinando
Nossas fotografias encontrei
Por
instantes evaporei
Meu amor ali exposto
Para este amor, versos
compus
Agora resta mera
Num sentimento com pus
Da morte não resta nada
Sei apenas que te amei
A fotografia do
momento
É agora o cegamento
Choro um pranto dolorido
Na companhia da
solidão
E convivo com esta aflição
Agora, tudo é passado
Lágrimas,
estou chorando
e Roberto Carlos...no velho CD
Ainda canta o meu
abandono!
Marillena S. Ribeiro
Videira-Santa Catarina
Este
texto encontra-se protegidos pela Lei Brasileira nº 9.610, de 1998, por leis e
tratados internacionais.
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